Não tenho nada a dizer. As nuvens insistem sobre meus olhos. A rispidez da voz ou o falso cuidado.
Larvas fazem paisagens, mas elas queimaram antes todo regaço. Não há evidência de vida dentro
do oco sonoro da tua voz. Este céu é um
engodo. Há pura maldade no coração dos homens . E amanhã? O amanhã será
deserto. A menos que advenha o verbo.
do oco sonoro da tua voz. Este céu é um
engodo. Há pura maldade no coração dos homens . E amanhã? O amanhã será
deserto. A menos que advenha o verbo.
No côncavo da boca que espera. Na avidez pela vida. No olhar
que procura compreender os sons.
que procura compreender os sons.
Ana A. Farias, 2015