“A interpretação deve ser um lugar na comunicação humana onde não pode haver vencedores, nem vencidos. E, na medida em que não há vencidos, também não poderá haver convencidos, a interpretação nunca pode ser da área da dominação. A interpretação não é dominação, a interpretação é apenas participação.A interpretação é a criação de um outro lugar onde dois humanos vão se interessar por uma outra maneira de ver.
(…)
Muitas vezes a analise falha quando não se criou o senso comum psicanalítico, ou seja, quando o campo gerado pela interpretação não se torna do senso comum. O senso comum psicanalítico é um outro senso comum e paradoramente é um senso comum que rompe com o senso comum.
Em analise duas pessoas estão juntas um par de vezes por semana e elas estão organizadas segundo um senso comum daqueles dois. A especificidade deste senso comum está no fato dele ter sido criado e gerado pela interpretação. A interpretação criou um campo neutro e desta forma criou uma outra dimensão.”
Em analise duas pessoas estão juntas um par de vezes por semana e elas estão organizadas segundo um senso comum daqueles dois. A especificidade deste senso comum está no fato dele ter sido criado e gerado pela interpretação. A interpretação criou um campo neutro e desta forma criou uma outra dimensão.”
( Modelos de Interpretação em Psicanalise. Carlos Amaral Dias. Edições Almedina. Coimbra. 2008. p 31-32)