Pra sempre namorados


Por Talita Alencar

Os tempos
são outros. Tudo está mais próximo, ao alcance das mãos de qualquer um, e mesmo
hoje, com tanta facilidade dando sopa por ai, há quem diga que se relacionar
esta cada vez mais difícil. Mas quando falamos de relacionamentos, não existe
nada melhor e mais antigo do que namorar.

Nos anos 50,
o mais comum era que o casal ficasse mesmo “a sós” após o casamento. A
modernidade facilitou muito as coisas, porém todos os dias surgem novas formas
de se relacionar. Com o namoro não poderia ser diferente.
O caso de
Marli Rosa do Studio D’Marthani Hair Visage e do seu atual marido Messias Souza
Pereira é uma verdadeira história de amor moderna. O casal se conhece há 17
anos, e estão juntos a 15. Há cinco anos, decidiram ir morar juntos, mas
sentiram que estava faltando algo para abençoar e consumar mais o amor, por
isso, recentemente decidiram se casar.
O que faz o
perfil deles ser diferente do casal moderno? “Nós fizemos um ‘test-drive’, e
acabamos descobrindo que agente se ama muito mais do que imaginávamos, talvez
se nós tivéssemos casados antes, não teria dado tão certo quanto está dando
agora, por esse motivo o namoro é importante” afirma Marli.
Assim como
explicou Marli, o namoro mais longo os fez enxergar muitas coisas antes de
realmente consumarem a união com o casamento. “No período de namoro você
aprende a conhecer o seu parceiro, a entender, a compartilhar. O amor deve se
trazido do namoro para o casamento.” Indica.
O mais
interessante do namoro dos dias de hoje, é que cada vez mais os casais estão
namorando por mais tempo, com o intuito de tirar proveito dessa fase de
conhecimento e realizações. “O namoro hoje ganha diversas configurações, e não
necessariamente é um estado civil de quem irá noivar e casar. No caso de
parceiros maduros, por exemplo, oriundos de relação de casamento anteriores,
muitas vezes o desejo não é por uma segunda reunião estável que inclua morar
junto, dividir, cama, mesa e banho, o que não exclui o desejo de amar e ser amado,
dividir prazeres e mazelas da vida.” Explica a psicóloga, psicanalista e
escritora Ana Maria Amorim de Farias.
Mesmo com o
passar do tempo, o namoro continua sendo a forma mais funcional de se
relacionar. Prova de que namorar não tem limites e nem idade, é o casal Buzaid
Algouz e Julieta Kauich Algouz. Conhecidos pela história no Seicho-No-Ie Penha
e casados há 64 anos, eles contam como manter esse “namoro” por tanto tempo. “A
vida é um eterno aprendizado e quando a alegria, o companheirismo e a fé em
Deus estão ao nosso lado, partilhamos o nascimento e crescimento dos filhos, e
assim a vinda de netos e bisnetos.”
Quando
estamos namorando estabelecemos uma relação de comprometimento com a outra
pessoa, por isso é importante que ele exista. É no namoro que se descobre um ao
outro, sem dúvidas é um período mágico da união. 
“Poder dizer
meu namorado ou minha namorada é uma forma de revelar ao mundo que estamos
enamorados, que alguém é importante para nós, ainda que isso não inclua um
contrato social. E neste sentido o termo namoro é importante não como estado
civil, mas como uma declaração ao meu amor, e ao mundo, do meu amor.” Completa
a psicóloga.
Até o
solteiro mais convicto de todos, fica um pouco mexido na época de Dia dos
Namorados, e lá no fundo, mesmo negando, busca sua alma gêmea. Boa parte dos
solteiros encara o namoro como uma troca de necessidades. O que é errado já que
namoro é muito mais que uma forma de se comportar, é na verdade um estado de
espirito entre um casal.
Falam que o
fim do namoro é o casamento, mas pelo contrário, o namoro não tem fim. O namoro
é a magia do relacionamento e após casar não se deve perder isso. “Para ter um
bom casamento não pode deixar de namorar nunca, que nunca acabe esse namoro
entre os casais.” completa Marli.
O segredo
para manter um namoro eterno? Senhor Buzaid dá a dica “Acordar e dormir juntos,
sair pelas ruas de mãos dadas, amar e respeitar um ao outro vendo a essência de
cada um, faz de nos eternos namorados”.
Na vida a
dois a eternidade é possível sim, já dizia nosso poeta Vinicius de Moraes, “que
seja infinito enquanto dure”.
Talita de Alencar

Psicóloga Ana Amorim de Farias

CRP 06/39859-9

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