Palestra de Maria Rita Kehl no programa Café Filosófico CPFL gravada no dia 24 de junho de 2009, em São Paulo
Nesta palestra Maria Rita Kehl com clareza e propriedade transcorre pela formação do aparato psíquico a partir do vazio, na lacuna do tempo de espera, entre o mal-estar do bebê, seu choro e a chegada do que irá saciar seu incomodo e os efeitos na contemporaneidade da falta de tempo para pensar, elaborar, saborear, sentir, nossas vivencias e transforma-las em experiências de vida. De tal forma, que vivemos um sentimento social comum depressivo do sem sentido.
Abaixo um trecho e a letra da música Sinal Fechado de Paulinho da Viola, escolhida pela psicanalista para ilustra alguns trechos de sua fala.
“O sujeito psíquico na sua origem é tributário de um tempo vazio que no início é aterrorizante, mas vai deixando de ser na medida que ele vai sendo preenchido por representações mentais. O que qualquer um de nós pode entender usando sua memoria, não é só quando a criança está morrendo de fome que ela fica aterrorizada tem vezes que sentimos um vazio aterrorizante, angustia, medo e é o recurso mental de fantasiar, de imaginar o que nós queremos, de imaginar inclusive que vai ter um futuro, que não vai ser sempre assim, que aquele momento que esta terrível, uma perda, um luto, uma morte, terá um dia que vamos nós sentir melhores. Esta perspectiva do tempo que transforma as coisas e que nos somos capazes de transformamos as coisas no tempo ajuda a superar inclusive os momentos de angustia, de terror, de nada, de vazio, de desanimo…”
Olá, como vai ?
Eu vou indo e você, tudo bem ?
Tudo bem eu vou indo correndo
Pegar meu lugar no futuro, e você ?
Tudo bem, eu vou indo em busca
De um sono tranquilo, quem sabe …
Quanto tempo… pois é…
Quanto tempo…
Me perdoe a pressa
É a alma dos nossos negócios
Oh! Não tem de quê
Eu também só ando a cem
Quando é que você telefona ?
Precisamos nos ver por aí
Pra semana, prometo talvez nos vejamos
Quem sabe ?
Quanto tempo… pois é… (pois é… quanto tempo…)
Tanta coisa que eu tinha a dizer
Mas eu sumi na poeira das ruas
Eu também tenho algo a dizer
Mas me foge a lembrança
Por favor, telefone, eu preciso
Beber alguma coisa, rapidamente
Pra semana
O sinal …
Eu espero você
Vai abrir…
Por favor, não esqueça,
Adeus…
Eu vou indo e você, tudo bem ?
Tudo bem eu vou indo correndo
Pegar meu lugar no futuro, e você ?
Tudo bem, eu vou indo em busca
De um sono tranquilo, quem sabe …
Quanto tempo… pois é…
Quanto tempo…
Me perdoe a pressa
É a alma dos nossos negócios
Oh! Não tem de quê
Eu também só ando a cem
Quando é que você telefona ?
Precisamos nos ver por aí
Pra semana, prometo talvez nos vejamos
Quem sabe ?
Quanto tempo… pois é… (pois é… quanto tempo…)
Tanta coisa que eu tinha a dizer
Mas eu sumi na poeira das ruas
Eu também tenho algo a dizer
Mas me foge a lembrança
Por favor, telefone, eu preciso
Beber alguma coisa, rapidamente
Pra semana
O sinal …
Eu espero você
Vai abrir…
Por favor, não esqueça,
Adeus…
.