“Inicialmente há uma relação narcísica fusional
entre a criança e a mãe, não havendo, por parte da criança,
distinção entre o si e o outro. Nesse momento, a criança se
constitui como objeto capaz de satisfazer o desejo da mãe,
identificando-se imaginariamente com o falo. Entretanto
essa relação porta uma alienação fundamental para o
bebê, tomado como objeto, que faz surgir a agressividade
fundamental como tentativa de romper esta relação na
qual o bebê se encontra capturado pelo desejo do outro. A
tentativa de romper essa alienação é situada como desejo de
reconhecimento. Nesse primeiro tempo, a criança está na
dialética do ser ou não ser o falo, objeto do desejo para a
mãe. Aí se colocam dois pontos: o eu e esse outro (imagem
ideal) formada do lado de fora, aquilo com que a criança
busca se identificar para satisfazer a mãe. Ora, estamos aqui
no campo do Eu Ideal, em que a criança acredita que, para
satisfazer a mãe, precisa identificar-se com aquilo que lhe
falta: o falo. Assim todas as identificações presentes nesse
momento do narcisismo primário remeterão à onipotência
e à perfeição.”
(Diagnostico Psicanalítico: Entendendo a Estrutura da Personalidade no Processo Clínico. Nancy MacWilliams)
entre a criança e a mãe, não havendo, por parte da criança,
distinção entre o si e o outro. Nesse momento, a criança se
constitui como objeto capaz de satisfazer o desejo da mãe,
identificando-se imaginariamente com o falo. Entretanto
essa relação porta uma alienação fundamental para o
bebê, tomado como objeto, que faz surgir a agressividade
fundamental como tentativa de romper esta relação na
qual o bebê se encontra capturado pelo desejo do outro. A
tentativa de romper essa alienação é situada como desejo de
reconhecimento. Nesse primeiro tempo, a criança está na
dialética do ser ou não ser o falo, objeto do desejo para a
mãe. Aí se colocam dois pontos: o eu e esse outro (imagem
ideal) formada do lado de fora, aquilo com que a criança
busca se identificar para satisfazer a mãe. Ora, estamos aqui
no campo do Eu Ideal, em que a criança acredita que, para
satisfazer a mãe, precisa identificar-se com aquilo que lhe
falta: o falo. Assim todas as identificações presentes nesse
momento do narcisismo primário remeterão à onipotência
e à perfeição.”
(Diagnostico Psicanalítico: Entendendo a Estrutura da Personalidade no Processo Clínico. Nancy MacWilliams)