“Com as teorias de estágio pós-freudianas, os novos analistas tinham novos caminhos para compreender como seus pacientes ficaram “emperrados” e para perceber de maneira diferente as mudanças confusas nos estados do self. Podiam então oferecer interpretações e hipóteses para seus clientes auto-críticos que iam além de especulações sobre eles terem sido desmamados muito cedo ou muito tarde, ou treinados para ir ao banheiro com muito rigor ou de maneira muito relapsa, ou então por terem sido seduzidos ou rejeitados durante a fase edipiana. Em vez disso, podiam agora investigar com os pacientes se suas características refletiam processos familiares que tornaram mais difícil para eles o acesso a um sentimento de segurança, autonomia ou prazer em suas identificações (Erikson), ou sugerir que o destino os privou da crucial importância de um “melhor amigo” na pré-adolescência (Sullivan), ou comentar que a hospitalização de sua mãe quando eles tinham 2 anos sobrecarregou o processo de adaptação normal para tal idade e necessariamente para uma separação ideal (Mahler), ou ainda observar que, naquele momento, eles estão sentindo um terror primitivo porque o terapeuta interrompeu os processos de pensamento deles (Ogden).”
Diagnostico Psicanalítico: Entendendo a estrutura da personalidade no Processo Clínico. Nancy MacWilliams