Sándor Ferenczi

Psiquiatra e psicanalista, nasceu a 7 de julho de 1873, em
Miskolc, na Hungria. Sándor (diminutivo de Alexandre) era médico psiquiatra e
psicanalista, originário de uma família de judeus imigrantes. Foi o clínico
mais talentoso da história do freudismo e um dos seguidores da psicanálise de
Freud. Tinha uma amizade íntima com Freud e foi o seu discípulo favorito e um
dos seus raros amigos. 


Em 1894, Sándor obtém o seu diploma de medicina em Viena na
Áustria e começa a interessar-se pelos fenómenos psíquicos e pela hipnose. Em
1897, Sándor opta pela carreira médica e começa a trabalhar no Hospital Saint
Roch, em Budapeste, onde logo se mostrou adepto da medicina social e se tornou
médico assistente no asilo de pobres e prostitutas. Em 1899, publica inúmeros
artigos pré-analíticos até 1908, entre eles Espiritismo, dedicado à
transmissão de pensamento, mas é em 1900 que se estabelece como neurologista,
sendo chefe do serviço de Neurologia em 1904. 


Em 1907, entusiasmou-se pela obra de Freud, e depois de ler A
Interpretação dos Sonhos, visitou Freud em 1908, acompanhado de seu colega e
amigo Fulop Stein. Iniciou assim a longa relação com aquele que se tornaria seu
analista, mestre e amigo. 


Em 1908, Ferenczi participou do I Congresso de Psicanálise
em Salzburgo e fez uma conferência sobre “Psicanálise e pedagogia”.
Ao mesmo tempo em que prosseguia a sua análise com Freud, Ferenczi devotava-se
de corpo e alma à “causa” freudiana. Um ano mais tarde, acompanhou
Freud na sua célebre viagem aos Estados Unidos, juntamente com Jung, e publicou
seu primeiro grande trabalho teórico Transferência e Introjeção. 


Em 1909, fundou a International Psychoanalytical Association
(IPA). 


Em 1913, criou com Sándor Rado, Istvan Hollos, Lajos Levy e
Hugo Ignotus a Sociedade Psicanalítica de Budapeste. Membro do Comité Secreto
de Psicanálise, a partir de 1913 participou de todas as atividades da Direção
do movimento freudiano. 


Em 1914, Ferenczi analisou duas grandes figuras do movimento
psicanalítico: Geza Roheim e Melanie Klein, e em 1918 é eleito presidente da
Associação Internacional de Psicanálise. 


Em 1919, é criada pela primeira vez no Mundo uma cátedra de
ensino (a primeira cadeira de Psicanálise), na Universidade de Budapeste. Em
agosto de 1921, Ferenczi vai a Baden-Baden conhecer Groddeck, que seria seu
amigo por toda a vida. Aos 60 anos de idade, em 24 de maio, morre em Budapeste,
subitamente, em consequência de problemas respiratórios provocados por uma
anemia perniciosa. 


A originalidade do seu pensamento e o papel que desempenhou
no nascimento do movimento psicanalítico húngaro e internacional faz de Sándor
Ferenczi uma das figuras mais eminentes e mais originais da psicanálise. Foi
através dele que a escola húngara de psicanálise, da qual foi o primeiro
professor, produziu uma prestigiosa filiação de ilustres nomes do movimento,
entre os quais Melanie Klein, Geza Roheim e Michael Balint. Até o fim da sua
vida, não cessou de tentar criar novas técnicas mais eficazes que o tratamento
clássico, a fim de proporcionar uma melhor ajuda aos pacientes. A sua
experiência e reflexão levaram-no a inventar uma técnica dita ativa, que
convida o paciente, por injunções e proibições, a uma “atividade”
destinada a arrancá-lo da repetição. Inventou a técnica ativa, que consiste em
intervir diretamente no tratamento, através de gestos de ternura e afeto, e
depois a análise mútua, durante a qual o analisando é convidado a
“dirigir” o tratamento ao mesmo tempo que o terapeuta. 


As experiências técnicas de Ferenczi não foram aceitas por
Freud e culminaram na rutura entre os dois homens em 1933, ano da morte de
Ferenczi. 

Publicou vários livros, de onde se pode destacar Transferência
e Introjeção, O Conceito de Introjeção, O Pequeno Homem-Galo, e em
1919 publicou A Técnica Psicanalítica, ponto de partida de uma reflexão
aventurosa, original e que conduziu a uma rutura com Freud e com o seu
movimento psicanalítico Em 1924, publica Thalassa: Ensaio sobre a Teoria
da Genitalidade, obra sobre o trauma do nascimento. 






Fonte: Infopédia


Psicóloga Ana Amorim de Farias

CRP 06/39859-9

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