“Um dia vivi a ilusão de que ser homem bastaria
Que o mundo masculino tudo me daria
Do que eu quisesse ter
Que nada, minha porção mulher que até então se resguardara
É a porção melhor que trago em mim agora
É o que me faz viver”
(Gilberto Gil – “Super-homem, a
canção“)
canção“)
Em pleno século XXI e em tempos de
homofobia, falar sobre o lado feminino do homem ainda é um tabu. Para os
homofóbicos ou machistas de plantão, é quase uma confissão de homossexualidade
(ou de submissão às mulheres). Nada mais distante da realidade.
homofobia, falar sobre o lado feminino do homem ainda é um tabu. Para os
homofóbicos ou machistas de plantão, é quase uma confissão de homossexualidade
(ou de submissão às mulheres). Nada mais distante da realidade.
Já em 1905, nos “Três ensaios
sobre a teoria da sexualidade”, Freud apontava para uma bissexualidade
constitucional psíquica nos seres humanos. O que isso significa? Que todo mundo
vai sair por aí transando com pessoas de ambos os sexos? Não, em absoluto.
Significa que, falando numa linguagem simples e acessível, todos os seres
humanos possuem traços/características do sexo oposto em sua constituição
psíquica, em sua personalidade.
sobre a teoria da sexualidade”, Freud apontava para uma bissexualidade
constitucional psíquica nos seres humanos. O que isso significa? Que todo mundo
vai sair por aí transando com pessoas de ambos os sexos? Não, em absoluto.
Significa que, falando numa linguagem simples e acessível, todos os seres
humanos possuem traços/características do sexo oposto em sua constituição
psíquica, em sua personalidade.
Jung, à sua maneira, também falou
sobre isso quando postulou os conceitos de anima e animus. Luiz
Paulo Grinberg, no livro “Jung, o homem criativo”, afirma que, assim
como alguns hormônios e características físicas femininas estão presentes no
homem (e vice-versa), o mesmo ocorre com as características psicológicas: anima é
o nome que Jung deu para personificar os elementos femininos inconscientes
presentes no psiquismo do homem, enquanto animus personifica
os aspectos masculinos inconscientes da mulher. Interessante notar que
“anima” significa “alma”, em latim…
sobre isso quando postulou os conceitos de anima e animus. Luiz
Paulo Grinberg, no livro “Jung, o homem criativo”, afirma que, assim
como alguns hormônios e características físicas femininas estão presentes no
homem (e vice-versa), o mesmo ocorre com as características psicológicas: anima é
o nome que Jung deu para personificar os elementos femininos inconscientes
presentes no psiquismo do homem, enquanto animus personifica
os aspectos masculinos inconscientes da mulher. Interessante notar que
“anima” significa “alma”, em latim…
Portanto, a postura machista e
homofóbica, longe de tornar um homem mais homem ou mais macho, só o torna um
ser incompleto e amputado. Somente aceitando e integrando seu lado feminino em
sua personalidade, os homens poderão, de fato, tornar-se homens completos (ou
super-homens, de acordo com a canção de Gil) e ser capazes de conviver com a
alteridade, com o diferente.
homofóbica, longe de tornar um homem mais homem ou mais macho, só o torna um
ser incompleto e amputado. Somente aceitando e integrando seu lado feminino em
sua personalidade, os homens poderão, de fato, tornar-se homens completos (ou
super-homens, de acordo com a canção de Gil) e ser capazes de conviver com a
alteridade, com o diferente.
Texto do amigo e psicólogo Paulo Becare Henrique
Recomendo: paulobecarehenrique.blogspot.com.br